A campanha Dezembro Laranja aborda a prevenção e a conscientização sobre o câncer de pele, que, segundo o Ministério da Saúde, representa mais de 30% de todos os casos de tumores malignos no Brasil. O câncer de pele é dividido em dois grandes grupos: o tipo não melanoma (o mais comum e menos agressivo) e o melanoma (o mais raro e mais agressivo).
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece para a população brasileira diagnóstico precoce e tratamentos gratuitos em sua rede. Em Minas Gerais, o Instituto de Oncologia Ciências Médicas de Minas Gerais (IONCM-MG), mantido pela Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), inaugurado em novembro de 2024, já realizou mais de 80 procedimentos voltados ao tratamento do câncer de pele desde a abertura da agenda de Dermatologia, no fim de maio deste ano.
As regiões Sul e Sudeste do país são as que têm mais casos registrados e, para o dermatologista e coordenador do setor de Oncologia Cutânea do IONCM-MG, Dr. Daniel Gontijo, algumas ações básicas de prevenção seriam o suficiente para a mudança desse cenário. São elas:
- evitar a exposição ao Sol em horário mais intenso (das 10h às 16h);
- promover campanhas educacionais sobre o câncer de pele;
- usar protetor solar diariamente com FPS 30 ou maior e reaplicá-lo a cada duas horas ou após o banho.
Dr. Daniel Gontijo reforça também o cuidado redobrado dos pais com a proteção das crianças. “É preciso usar roupas com proteção UV, chapéu de aba larga, óculos com filtro ultravioleta. A pele infantil é mais sensível e tem mais chance de queimadura solar, o que pode aumentar até o risco de melanoma no futuro”, alerta o dermatologista.
Embora o câncer de pele seja mais comum em pessoas acima dos 40 anos e considerado raro entre crianças e pessoas negras, alguns fatores de risco devem ser observados, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD):
- ter alguém na família que tem ou já teve câncer de pele;
- já ter tido muitas queimaduras de Sol durante a vida;
- ter muitas sardas ou pintas pelo corpo;
- ter a pele muito clara, do tipo que sempre se queima no Sol e nunca se bronzeia;
- já ter tido câncer de pele;
- ter mais de 65 anos.
A cirurgiã oncológica do Hospital Universitário Ciências Médicas de Minas Gerais (HUCM-MG), Dra. Luiza Ohasi, aponta o Sol como o principal causador do câncer de pele, uma vez que a exposição a ele é acumulativa.
“Eu gosto de falar com os pacientes que a pele da gente não esquece o Sol que tomou; ele se acumula. Muitos pacientes acham que o fato de não ter o hábito de deitar na beira da praia ou da piscina previne o câncer de pele, e isso não é verdade”, adverte a Dra. Luiza, que também é especialista em tumores de pele e sarcomas.
O câncer de pele normalmente se apresenta como manchas, nódulos ou feridas na pele e tem como tratamento principal a cirurgia. Embora seja o tumor maligno com mais incidência no país, a descoberta precoce da doença tem uma taxa de cura superior a 90%, segundo o Ministério da Saúde.
Sobre a Feluma
A Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma) é uma instituição filantrópica com institutos assistenciais 100% SUS, mantenedora da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), do Ambulatório Ciências Médicas de Minas Gerais (ACM-MG), do Hospital Universitário Ciências Médicas de Minas Gerais (HUCM-MG), do Instituto de Olhos Ciências Médicas de Minas Gerais (IOCM-MG), do Instituto de Oncologia Ciências Médicas de Minas Gerais (IONCM-MG) e do Instituto Cultural Ciências Médicas de Minas Gerais (ICCM-MG).
